Histórias Assustadoras
Aqui vocês terão lendas, mitos e etc, tudo para que vocês se divirtão.
O jogo do copo
Quatro jovens resolveram fazer uma brincadeira um pouco fora do comum para sua idade. Um deles leu em uma revista de esoterismo como fazer o jogo do copo. Um sistema de comunicação com o além chamado OUIJA.
Um dos garotos sabia que seu pai tinha um tabuleiro. Resolveram comprar um copo e começar a sessão. Esperaram seus pais saírem de casa para acenderem as velas na sala e iniciar os trabalhos. Algumas rezas, piadas e movimentos dos garotos no copo, um deles resolve fazer as perguntas sérias:
- Tem alguém ai?
E o copo se movimenta para o sim
- Qual é o seu nome?
E o copo vai para a palavra não.
- Você é homem ou mulher?
O copo treme repentinas vezes e para. Os jovens começam a gostar da brincadeira:
- Você era careca?
Todos caem na gargalhada e o copo não sai do lugar.
- Como você morreu?
O copo volta a tremer mas não sai do lugar. Os rapazes insistem e a pergunta foi repetida três vezes, até que o jovem que perguntava pede uma prova da existência de um espírito na sala:
- Se há alguém nessa sala, dê um sinal.
Nesse momento o telefone toca repentinamente. Eram 22:00. Os jovens ficam assustados num primeiro instante, mas depois se acalmam e começam a dar risada da situação. Da coincidência do telefone tocar. Eles não atendem ao telefone e o mesmo para de tocar. Depois de um pouco de hesitação, decidem voltar a brincadeira.
De volta ao tabuleiro, o jovem repete a pergunta:
- Tem alguém ai? Dê-me uma prova que você está ai...
Novamente o telefone toca. As crianças ficam assustadas e deixam o tabuleiro cair. As peças se perdem pela sala enquanto os ruídos incessantes do telefone ecoam por toda a casa. Os jovens criam coragem e resolvem atender ao telefone. Num lançe de desespero e impulsionado pelos amigos, o jovem pega o telefone e diz com uma voz tremula:
- Alô?
Silencio absoluto. Algumas gargalhadas dos garotos e mais uma tentativa:
- Alô? Alô? Tem alguém ai? Em tom de brincadeira
Mas, ao invés de silêncio, uma voz sai do fone:
- Essa é a prova
Todas os jovens saem correndo de casa, desesperados, pedindo a Deus por suas vidas e prometendo nunca mais brincar com os mortos.
A história de Ana:
Eu gostaria de registrar minha história e explicar o que aconteceu. Talvez vocês consigam me entender um pouco melhor por essas palavras do que por onde estão acostumados a receber minhas mensagens.
Meu nome era Ana. Eu tinha uma vida muito boa. Já era maior de idade, trabalhava, morava sozinha e estava em um momento muito bom no relacionamento com o meu namorado. Até aquele triste dia...
Mas eu tinha um grande defeito: Era extremamente ciumenta. Eu até tolerava muitas coisas comuns que os homens costumam fazer: jogar bola, sair com os amigos... Mas não tolerava certas amizades dele. Amigas que, ao meu ver, queriam mais é passar uma noite romântica com ele. E ele não percebia isso... Ou fingia não perceber.
Até que chegou aquele dia...
Estávamos em casa tomando um vinho. Era uma noite muito romântica. Sexta-feira, lua cheia. Tudo perfeito. Até o momento que ele resolve ir ao banheiro. Ele saiu da sala e fiquei aguardando seu retorno. Nesse período, uma mensagem chegou em seu celular. Não contive a curiosidade e abri. Era uma mensagem, de um número desconhecido com os seguintes dizeres: Estou pronta.
Fiquei enfurecida. Resolvi ligar para o número, e a vadia simplesmente atendeu com um “oi amor”. Foi ai que perdi o controle.
Joguei o celular longe e corri até a porta do banheiro onde ele estava. Bati desesperadamente, até que ele abriu. Creio que a nossa bebedeira deixou a discussão mais tensa. Gritávamos e nos agredíamos verbalmente. Ele disse que tinha outra namorada mesmo, e que não me aguentava mais. Parti em sua direção. Ele correu pela casa e foi para a cozinha. Parecia que estava tudo premeditado. Ele tirou uma luva do bolso e pegou uma faca no gaveteiro. Agora estava vindo na minha direção. Tentei me trancar no quarto mas não tive tempo. Ele estocou a faca em minha barriga. Eu perdia as forças rapidamente. As últimas palavras que me lembro de ter ouvido foram "morre, sua vadia!".
Acordei em um lugar estranho. Escuro e sombrio. Não sentia dor, mas ouvia gemidos e gritos. Vi uma luz vermelha bem longe, vindo em minha direção. Ela parou a uma certa distância. Tentei me aproximar mas ela recuava, mantendo sempre uma distância de uns seis metros.
Resolvi me comunicar:
- Onde estou?
- Você não está em lugar nenhum. Não importa como chame os lugares que esperava ir, mas não está nem no céu, inferno, purgatório ou umbral. Está em uma zona sombria.
- Por quê?
- Porque quero dar-lhe uma segunda chance. Não uma chance de vida, mas de vingança. Sua vida foi injustamente ceifada e as entidades a quem obedeço não permitem esse tipo de atitude.
- Segunda chance para que?
- Para encontrar seu namorado e traze-lo até nós. Era ele quem queríamos.
- Mas como fazer isso?
- Vamos alimentar sua ira. Quando sua raiva estiver do tamanho que desejamos, vamos mandar sua alma para tomar conta de um tabuleiro OUIJA, aquele do jogo do copo, e responder perguntas de pessoas interessadas em conversar com os mortos. As perguntas das pessoas vão ajudar a encontrar seu namorado e traze-lo para cá.
- Posso responder o que quiser?
- Não. Suas respostas serão controladas por nós. A resposta dada sempre tem relação com a pessoa que pergunta.
- E como chegarei ao meu namorado?
- Você chegará...
Depois desse dia, fui mandada de volta para a terra em forma de espírito. Fico rondando pelo mundo até que alguém jogue o jogo do copo e faço os movimentos do ponteiro ajudando a responder perguntas que intrigam as pessoas.
Algumas vezes as respostas parecem desconexas, mas pelo que aprendi, é quando meu ódio está muito forte. Sempre estarei atrás de você quando estiver fazendo perguntas a esse tabuleiro online, com minhas mãos frias tocando seus dedos, até que eu encontre o maldito do homem que me matou e enfie as unhas em seu pescoço até arrancar sua última gota de sangue.
O amigo do tabuleiro:
Sabrina descobriu o jogo do copo há pouco tempo. Achou fantástica a sensação de poder conversar com alguém que já morreu ou simplesmente receber sinais de entidades desconhecidas. Na verdade, ela não acreditava que as entidades pudessem fazer algum mal a ela, afinal, quem já morreu não pode ultrapassar a barreira do real.
Ela comprou o tabuleiro em uma pequena loja de artesanato. Pediu para que um velho artesão a produzisse com madeira fina e envernizada. Seu orgulho era perceber o copo leve de cristal deslizando pela mesa ao fazer suas perguntas.
Sozinha em casa, ela tinha a certeza de que o movimento do copo não seria falso. Como no filme "O Exorcista", Sabrina tinha um amigo invisível, era João, um adolescente que foi assassinado por seus pais quando esses voltavam de uma festa, bêbados e o confundiram com um bandido.
Toda noite, Sabrina conversava com João:
- Você não se sente sozinho por ai? O que fica fazendo até eu te chamar?
João respondeu:
- Fico pensando em você.
- Mas eu sempre venho conversar com você!
- Tenho medo que um dia você não venha...
- Sempre estarei aqui. Todos os dias!
- Fico feliz em saber...
Sabrina foi dormir. Dormiu, como uma criança. A conversa com João era como histórias para fazê-la dormir.
No dia seguinte, Sabrina acordou cedo e foi para a aula. Passou seis horas no colégio, como de costume. Mas sentia que algo estava errado. Sentia um vazio no peito. Angustia. Vontade de chorar. Queria chegar logo em casa para conversar com João. Mas sentia um frio na barriga como nunca havia sentido.
Ao chegar em casa, Sabrina encontra sua mãe, parada na porta de entrada com um saco preto em suas mãos. Ela temia pelo que podia haver dentro do saco. Ela sabia que lá estava seu tabuleiro. Mas estaria inteiro? Partido ao meio? O desespero toma conta de Sabrina, quando ouve o grito de sua mãe:
- Vai trabalhar, sua vagabunda!
A mãe de Sabrina abre o saco e joga as cinzas da tabua sobre o gramado. A garota não consegue suportar o ódio e derruba sua mãe no chão. Mãe e filha lutam como dois animais, até que Sabrina agarra o pescoço da mãe e a mata asfixiada:
- O que foi que eu fiz?
Sabrina entra em desespero e corre para dentro de casa. Joga no chão os pratos que estavam sobre a mesa e começa a escrever um alfabeto. Com seu copo sobre a mesa, a jovem começa seu ritual para conversar com seu amigo invisível:
- João, você está ai?
O copo não se move:
- Preciso conversar com você. Fiz algo muito ruim!
Nenhum movimento.
Sabrina começa a chorar. De repente, o copo treme. Parecia um sinal. Sabrina tenta novamente o contato com João:
- Você esta aí?
O copo se move em direção a resposta "Sim", e em seguida movimenta-se para escrever a frase "estou no banheiro".
A jovem corre desesperadamente para o banheiro, com os olhos inchados de tanto chorar. Ao abrir a porta, uma densa nuvem de vapor deixa o banheiro praticamente irreconhecível. O chuveiro estava ligado. Aos poucos a fumaça vai desaparecendo, deixando a mostra uma mensagem escrita com os dedos no box de vidro: "estou no espelho".
Sem reação a aquela cena estranha, Sabrina corre até o espelho e fica olhando sua imagem refletida. Depois de poucos segundos sua imagem se transforma na face de João, chorando e com a boca cheia de sangue:
- Porquê você fez isso? Pergunta o espírito:
- Não sei! Ela me deixou fora de controle! Não sei o que fazer!
- Ela está aqui comigo! Ela está me machucando! Ajude-me Sabrina!
Essa foi a última frase de João antes de desaparecer no espelho. Desesperada, Sabrina bate no espelho, na parede e na porta para descarregar seu ódio. Em sua cabeça, ela só consegue imaginar sua mãe estrangulando o pobre João.
Em um momento de desespero final, ela grita:
- Vou te buscar, João!
Sabrina pega uma navalha de seu pai e passa em seu pescoço. O sangue jorra pelo banheiro inteiro, manchando o box, o piso e o espelho. Mas Sabrina está calma. Ela sabe que tudo isso é pelo seu amigo João. Mas antes de morrer Sabrina vê algo que a deixa apavorada. Seu último movimento é a tentativa de um grito, de desespero e angústia. Algo mais estava escrito naquele box.
O choro de João aumenta nos ouvidos de Sabrina, mas o som do choro se transforma em uma gargalhada macabra. Seus olhos estão vermelhos, sua pele pálida está coberta de sangue e não há mais nada que ela possa fazer, a não ser esperar pelo seu momento final.
Seu corpo dá seus últimos espasmos pelo chão. O sangue se espalha por todo o banheiro, até sair pela porta. O pai de Sabrina vê o piso do corredor cheio de sangue que sai do banheiro e abre a porta para ver o que aconteceu. A fumaça começa a se dissipar e ele encontra a filha estendida no chão, com a navalha em uma das mãos e a outra mão apontando para o box, que tinha os dizeres "estou no espelho".
Ao pegar sua filha nos braços, e chorando como uma criança, ele olha para o espelho sujo de sangue para tentar entender o que havia acontecido. Olha para o rosto de Sabrina, pálido e com os olhos inchados de tanto chorar. Ao abraçar sua filha, o homem descobre que algo mais estava escrito no box, logo abaixo, com uma letra trêmula e menor, os dizeres "minha filha" apareciam quase que escondidos:
- Estou no espelho, minha filha.
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O Canavial
No interior de Minas Gerais muitos "causos" misteriosos são contados .
Um causo muito estranho aconteceu numa cidadezinha, cuja fonte de renda era a cultura de cana de açúcar. Das grandes fazendas aos sítios, a única coisa que se via eram grandes roças de cana.
Numa dessas fazendas, que abrigavam colonos de toda parte do país, conta-se que um casal de nordestinos chegou e pediu emprego. Além do emprego, deram a eles um casebre, próximo a roça, para que morassem.
O casebre era bem isolado dos demais, pelo fato de ser um dos mais antigos. Os outros colonos achavam o novo casal muito estranho, quase não conversavam e não participavam da missa de domingo.
A mulher, que mais parecia um bicho do mato, estava grávida, mas mesmo assim todas as madrugadas ela ia para a roça cortar cana. Num dia muito quente, desses que parece que até o chão ferve, um incidente muito triste ocorreu. O marido da "Bicho do Mato"- como era conhecida aquela estranha mulher - fora picado por uma cobra e faleceu em poucas horas.
"Bicho do Mato" ficou mais transtornada e mais estranha ainda. Até as crianças tinham medo dela. Ela continuo cortando cana até o nascimento do filho.
Quando o bebê nasceu, "Bicho do Mato" sumiu ... não cortava mais cana, não abria a porta do casebre para ninguém. As colônias diziam que ela estava de resguardo e como era muito orgulhosa, não aceitava ajuda de ninguém.
Coincidentemente, na mesma época do seu "sumiço", escutava-se todas as noites, um bebê chorando no canavial. Os bóias frias ficaram encucados com aquele choro e um dia resolveram procurar ... Eles andavam, andavam e nada de encontrar o bebê. Quando se aproximaram do casebre, notaram que o choro ficou mais forte, parecendo que vinha de baixo da terra. No dia seguinte voltaram e arrancaram o pé de cana. Para espanto de todos, encontraram o corpo de um bebê já em estado de decomposição. O dono da fazenda chamou a polícia e eles invadiram o casebre. Encontraram "Bicho do Mato" encolhida no canto do casebre como uma louca. O fogão de lenha estava manchado de sangue.
Descobriu-se depois que ela matou seu próprio filho, socando sua cabeça na beira do fogão e depois o enterrou no canavial.
A mulher foi levada para um sanatório e o bebê foi enterrado numa cova digna, no cemitério da fazenda, onde o padre rezou uma missa pedindo por sua alma.
Depois disso, nunca mais ninguém ouviu o choro do bebê...